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terça-feira, 15 de março de 2011

 
E então eu deixei você ir. Não me pergunte o porquê, eu também não sei. Passo cada segundo do meu dia me perguntando isso. Talvez porque queria ver você se segurando na porta não deixando que eu feche, me pedindo pra ficar, cumprindo com sua promessa de que não me deixaria ir nem que eu quisesse. Talvez porque eu não sou forte o suficiente pra cuidar de você, ou idiota demais por achar isso. E então eu vi a minha vida escorrendo pelas minhas mãos. E então eu não tenho mais vida. Você é minha vida, é o amor da minha vida. E eu a perdi. Perdi como se perde uma bola de gude ao chegar da rua, com as mãos escorregadias, molhadas de lágrimas, essas que enchiam minhas mãos a mais de uma semana por não saber o que fazer. Pelo fato de você me ter demais, pelo meu medo, pelo poder que você tem sobre mim. Eu te amo, e você foi a primeira e única pessoa a ouvir isso de mim, e última, talvez. Os meus braços não estão fechados pra você, minha porta está aberta, porque por mais que a vida dê várias voltas, você nunca vai deixar de me ter, eu sou tua, de corpo e alma, sempre.

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